Totvs quer investir em Portugal!!!


A multinacional brasileira Totvs quer conquistar a Europa a partir de Portugal. Presentes no mercado nacional desde o ano passado, foi a afinidade com o idioma e o facto de o mercado português ser relativamente pequeno que se tornou apetecível ao gigante da América Latina que tem já 22 filiais espalhadas pelo Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guatemala, México, Costa Rica, Porto Rico, Estados Unidos, Portugal, Angola e Moçambique. O ecossistema Totvs abrange cerca de 10 mil pessoas.
O ano passado foi essencialmente um período de prospecção do mercado português e montar o básico da infra-estrutura em terras lusas, contou à “Vida Económica” o director-geral Filipe Paulo de Rhodes, um executivo da filial de S. Paulo que insiste em dizer que apenas foi “repatriado” uma vez ser português.
O objectivo é que Portugal seja o centro das operações europeias da Totvs. Obviamente que esta escolha passou pelo idioma, pelo facto de o mercado não ser imenso, mas também porque a empresa brasileira já possuía, através de uma representação, uma carteira de cerca de 22 clientes no nosso país. “Tínhamos uma representação que foi destituída em finais de 2006 e em 2007 mandámos para cá uma equipa para começar a lidar com esses clientes. Com a sustentabilidade inicial que essa carteira nos dava e com o nosso objectivo de expandir a marca na Europa, Portugal tinha uma característica de mercado que para nós acabou por ser excelente: não ter uma dimensão muito grande. É mais fácil de tactear do que um mercado maior. E por isso resolvemos abrir escritório próprio com uma versão portuguesa do produto. Não uma versão brasileira. Em Angola utilizamos a mesma filosofia, tem uma versão própria”.
Num mercado onde os grandes players europeus já têm o seu papel bem vincado, a Totvs garante que a especialização nas ofertas verticais vai dar-lhe um claro avanço. “E foi isto que tornou a nossa oferta no mercado português ainda mais interessante, já que temos na educação, indústria, construção civil e recursos humanos as nossas áreas verticalizadas”.
Outro aspecto que a empresa assume privilegiar é a proximidade com o cliente final e a forma de abordagem ao negócio: “Há três anos, costumava dizer que o poder de um indivíduo estava na informação. Quem a detinha, detinha poder. Mas com a globalização do acesso à informação, acredito que o poder hoje reside na capacidade de adaptação”.
Rui Cruz, da unidade Totvs a Norte de Portugal, garante que a forma de fazer negócio a Sul e a Norte, apesar de estarem em causa poucos quilómetros – sobretudo se compararmos com a imensidade do Brasil –, é substancialmente diferente, daí a necessidade de desde logo abrir uma delegação no Norte do país. “A própria cultura interna da empresa é muito virada para as pessoas, privilegiando as suas capacidades e conhecimentos. Estando também a Norte garantimos uma maior proximidade com o cliente”.
Aliás, a unidade de Braga tem tido uma prestação tão interessante que Filipe de Rhodes confessou à “Vida Económica” estar a ser equacionada a criação de um “hub” de desenvolvimento de software naquela cidade. No entanto, ainda não existem mais pormenores sobre esta intenção.
Quando iniciou o seu périplo pelos clientes no nosso país, o director-geral assume ter ficado agradavelmente surpreendido pela quantidade de empresas que já tinham investido em ERP. Por outro lado, não deixou de lamentar as capacidades restritivas que as empresas têm em fazer admissões. “A legislação laboral foi uma surpresa. Um projecto que no Brasil ou no México pode demorar quatro meses, aqui leva sete. Porque chego à empresa-cliente com três ou quatro pessoas para áreas diferentes e apenas tenho um interlocutor. Outra coisa que me surpreendeu pela negativa foi o facto de as propostas das empresas que concorriam serem bastante vagas e baseadas no factor preço”.
De resto, o gestor diz que ainda é o preço que mais influencia a compra, sobretudo nas pequenas e médias empresas. “Nas grandes empresas já não, o que querem é mesmo ver o problema resolvido.”
Como principal desafio para o projecto Totvs está mesmo a credibilidade do produto. “Preciso criar massa crítica em Portugal. Ainda não tenho volume e, por isso, o grande objectivo é garantir a satisfação dos actuais clientes para garantir a conquista dos novos”.

Alice no País das Maravilhas


O nosso governo ("Alice") parece adormecido com o que está a acontecer com o nosso País. Caminhamos a passos largos para uma situação caótica. Senão vejamos o desemprego continua a aumentar e o nível de vida é um dos mais caros da europa face aos nossos salários internos da população activa. A asneira de apoiar multinacionais que agora depois de anos a retirar devidendos e benefícios fiscais de Portugal está a implodir com a nossa economia interna. Ou seja cada vez mais o orçamento anual vai se afundar e somando mais dívidas que nunca irão ter recuperação. O governo liderado por José Socrates afirmou em agosto passado: “Portugal ainda não está no fim da crise mas já saiu da recessão técnica”, depois de visitar a empresa que lhe ofereceu umas canadianas, há 4 anos, na sequência de uma queda.
“Isto não é o fim da crise. Ainda vamos ter que enfrentar muitas dificuldades, mas a verdade é que o país já saiu da recessão técnica”, referiu José Sócrates, esta tarde, após uma visita a uma empresa de equipamento ortopédico.
“O país está a reagir para combater a maior praga que é o desafio do desemprego”, salientou o primeiro-ministro.
Mas o facto é que agora se fala em mais 2 anos de crise acentuada. A meu ver enquanto portugal não defender o que é nacional ou seja as empresas que criam raízes em Portugal e criam riqueza e geram emprego (Pequenas e Médias Empresas) nunca mais iremos recuperar mas sim vamos em queda livre num precípicio sem fim. Até a Grécia já nos ultrapassou...Somos cada vez mais o Brasil da Europa, e Portugal será cada vez mais um País para turistas...Afinal não queriam alterar o Algarve para "Allgarve", para não referenciar o facto ridiculo da invasão asiática que não cumpre requesitos fiscais e ainda recebe beneces e incentivos para estar em Portugal o que acaba com as regras justas de competetividade e extermina a partida as empresas nacionais que são obrigadas a cumprir à justa as regras de mercado e concorrência...Alimento para o pensamento, qualquer dia ainda este belo País plantado à beira mar se torna de vez num Resort Turístico ou então olha somos europeus porque estamos situados geográficamente apenas neste velho continente, não sei, quer dizer, digo eu!!!

COMO A ECONOMIA ILUMINA O MUNDO




"Como a Economia Ilumina o Mundo reúne uma série de artigos que o autor publicou no Financial Times entre 1996 e 2003, e que cobrem seis vertentes temáticas da economia – a economia da vida quotidiana; a economia global; questões relativas à assunção e gestão dos riscos e ao processo de tomada de decisões; os sistemas económicos e a relação entre economia e política; a política económica; os próprios economistas e a sua profissão. Uma obra que nos vem mostrar como a complexidade da análise económica se pode tornar acessível através de uma exposição simultaneamente lúcida e bem-humorada."

John Kay